Blogando da Dinamarca, meu novo lar!
Pelos próximos 10 meses vou escrever diretamente de Frederiksberg, Dinamarca! Rafa e eu passaremos uma temporada por aqui. Ele vai dar aula na Copenhague Business School (CBS) e eu vou me esconder do frio até o inverno passar. O outono nem bem começou e eu já estou esperando o fim do inverno. Ai ai ai…
Estamos aqui há dez dias, desde o dia 09 de outubro, e o sol apareceu apenas uma vez e bem tímido. Além disso, chove bastante, e quando não, o vento é tanto que dói! O negócio é adaptar a vida a essa nova realidade. Disseram-nos que o outono é assim mesmo!
Nessa primeira semana colocamos um pouco da vida burocrática em ordem. Explico; para morar na Dinamarca e ter direito aos serviços que o país oferece é necessário estar cadastrado no sistema. Quando você chega aqui, precisa seguir alguns passos para receber o que eles chamam de número CPR. É como um RG, CPF, carteira de trabalho, SUS, tudo no mesmo número. Cadastramos nossas digitais e foto num International Center e demos entrada no pedido na prefeitura de Frederiksberg. Agora já temos nosso número CPR, nosso endereço, e nossas características biométricas cadastrados no sistema do país. O governo por aqui é online. Além desse número temos também um cadastro na web que serve para tarefas diárias como movimentar conta em banco e para receber correspondência do governo via email. Super moderno!
O sistema de saúde na Dinamarca é gratuito e dizem ser muito bom. Como o Rafa tem um contrato de trabalho com uma instituição dinamarquesa, também temos o direito de usufruir deste benefício. Hoje recebemos nosso cartão CPR e é ele que nos dá acesso ao sistema de saúde. Um médico clínico geral é a nossa porta de entrada. Esse médico nos foi atribuído pela prefeitura com base em nosso endereço residencial. Caso precisemos, é a ele quem devemos procurar.
A CBS fica em Frederiksberg que tecnicamente é outro município. Na prática, o centro histórico de Copenhague está a duas estações de metrô daqui de casa, 3km andando.
A região que moramos é muito boa, temos tudo perto. Nosso apartamento fica no 4º andar de um prédio sem elevador, é bem antigão e muito espaçoso. Confesso que chegar do Brasil cheios de malas não foi nada fácil! São 78 degraus todos os dias mais de uma vez ao dia. E dá-lhe pernas!
Aqui pertinho de casa tem um parque bem legal, Frederiksberg Have. No único dia de sol que tivemos até agora, fui lá conhecer. Dentro do parque fica o Zoológico e um castelo. É lá também que o Rafa tem ido correr. Eu, que não gosto de correr no frio, fui apenas duas vezes. Ainda vou me animar!
Já percebi que não vai dar para aprender nada do idioma dinamarquês, 10 meses é muito pouco tempo para uma língua tão complexa. Ainda bem que todo mundo por aqui fala inglês! Ir ao supermercado tem sido uma tarefa investigativa e o google tradutor uma ferramenta indispensável. Todo mundo fala inglês, mas nada está escrito em inglês. Até mesmo os sites de grandes lojas, como Ikea, não possuem versão em inglês.
Jogo rápido: nosso fogão é elétrico, nosso pacote de TV só tem canais dinamarqueses, a internet não é ilimitada, as legendas do netflix são em dinamarquês, a cerveja é boa e custa barato, o transporte público é eficiente e caro e muita gente se locomove de bicicleta, muita gente mesmo!
Até breve com mais notícias de Frederiksberg!
Adorei o texto, Lud! Você escreve de um jeito tão gostoso de ler. Muito interessante tudo aí, vai nos contando. Aqui tá quente pra burro!!! (Demais!)
Obrigada Quel! Deixa comigo que vou colocando vocês a par das coisas por aqui. Beijocas