ONDE IR NA NORUEGA? TRILHA E O FIORDE SAFÁRI EM FLAM! – Parte 2
Depois de percorrer 10km debaixo de chuva, ainda molhados quando embarcamos no trem para os últimos 10km, assim que chegamos em Flam nosso desejo era um banho quente e um chá. Isso não era possível, pois nosso tão esperado fiorde safári estava agendado para aquele fim de tarde.
Essa é a parte dois da nossa aventura em Flam. Clique aqui e leia a primeira parte.
Chegamos no Flam Hostel (mais sobre o hostel no final do texto) e só tivemos tempo de trocar as meias e agasalhos e seguimos para o passeio. Nesse momento quase não chovia, uma garoa meio fina. Até nos animamos.
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O Fiorde Safári
Quando chegamos ao local de encontro fomos instruídos a vestir um traje muito engraçado. Um macacão, que protege da água gelada caso você caia no fiorde; uma capa de chuva por cima do macacão, duas luvas (uma de lã e uma impermeável), botinha impermeável, gorro e óculos de esquiar. Pensei: será que estamos indo para Marte?
Seguimos todos para a lancha. Eu e o Rafa conseguimos sentar bem na frente; queríamos ver tudo. Quando a lancha começou a se movimentar percebemos que a chuva não era tão fraca assim. A necessidade de toda aquela vestimenta ficou muito clara. Nos primeiros 40 minutos do passeio, ainda estávamos curtindo, tentando imaginar como tudo aquilo deve ficar muito mais bonito com sol. O tempo estava realmente muito fechado, nublado. A lancha vai super-rápido e apesar de toda aquela roupa começamos a sentir frio, já queríamos voltar. O passeio durou quase duas horas e meia. Não me arrepende de ter feito, mas não aconselho ninguém a fazer esse passeio debaixo de chuva. Passamos muito frio e não conseguimos ver e apreciar a beleza do lugar.
Quando o passeio terminou já era 19:30hs. Corremos para o mercado que fechava as 20:00hs comprar comida para fazermos no hostel. Não estávamos com pique de sair, ainda tínhamos que secar nossas roupas para o dia seguinte. Ainda bem que no hostel tinha secadora.
Depois de um banho, uma sopa e uma cerveja, fomos dormir ainda com luz do dia lá fora!
Informações sobre o fiorde safári: para saber detalhes sobre a contratação deste e outros passeios clique aqui. Meu conselho é que você reserve com antecedência. O fiorde safári esgota rápido na alta temporada. Além desta opção, que faz o passeio numa lancha, existe também a alternativa de fazê-lo num barco maior e mais lento.
Na manhã seguinte um passeio por Flam
O dia seguinte amanheceu um pouco mais animador, não chovia e o sol queria mostrar sua cara. Nossa passagem para o Flamsbana era somente a tarde então aproveitamos para caminhar pelo vale.
O rio que corre a cidade é lindo! Caminhamos em direção à igreja que ficava a uns 4km de onde estávamos. Sempre que possível fomos acompanhando o rio. A paisagem aqui é dominada por morros e cachoeiras, muita natureza!
De volta ao centrinho ainda tivemos tempo para uma cerveja na famosa cervejaria Ægir. A cervejaria é em estilo viking. Muita pedra e madeira, tudo bem rústico. Até o barman parecia um viking. Além de ser bem legal, a cerveja é muito boa e cara!
Uma voltinha na praça, um hot dog de almoço e já era hora de pegar o Flamsbana para Myrdal e de lá o trem para Bergen.
O Flamsbana faz uma parada no meio do caminho, na cachoeira Kjosfossen que tem uma queda de 93m. O mais engraçado é que de repente você começa a ouvir uma música e do meio das pedras surge uma pessoa vestida de vermelho fazendo uma performance meio a lá Valkírias. Achei bizarro!
De volta em Myrdal pegamos nossas malas e subimos no trem para Bergen.
Sobre o Flam Hostel
Essa foi a primeira vez que ficamos num hostel. Era a única opção disponível 3 meses antes da viagem. Nosso quarto era para duas pessoas, um beliche e uma cama de solteiro, um guarda-roupas e uma mesinha. O único defeito é que a cortina não era do tipo black out e, no verão, escurece depois das 23:00hs e fica claro as 3 da manhã.
O prédio onde nosso quarto ficava tinha seu próprio toilete e uma cozinha, super prático! A cozinha era bem equipada, jantamos uma sopa e uma salada.
O banheiro coletivo tinha bastantes chuveiros disponíveis, e a pressão da água era excelente! Máquinas de lavar e secar roupas também fazem parte da estrutura do hostel.
Além de hostel, o lugar é também um camping.
Pagamos 700 NOKs, o que equivale a mais ou menos 90 euros. Não é barato para um hostel, mas, de novo, a Noruega é surreal de cara! A vantagem de ter a cozinha nos fez economizar com alimentação. Certamente eu me hospedaria lá novamente!