Pelas ruas de Amsterdam vai te dar um panorama do que fazer e onde ir na cidade sem entrar em nenhuma das atrações turísticas. Amsterdam por si só é sua principal atração!

Em junho de 2015 passamos uma semana na Holanda. Mais uma vez o motivo foi um congresso do Rafa, desta vez na pequena cidade de Breukelen (assunto para outro post) perto de Amsterdam. Chegamos a Amsterdam numa segunda-feira, 22/06. Apesar da época do ano fazia frio de 10 graus, e ainda bem que estávamos preparados.

Essa não era nossa primeira vez na cidade, estivemos por aqui em 2006, naquela que foi minha primeira viagem à Europa. Na ocasião estávamos de carro e com pouco dinheiro e ficamos hospedados num bed and breakfast afastado do centro. Tínhamos que pegar o ônibus todas as manhãs e voltávamos somente no final do dia. Foi uma experiência diferente, mas desta vez queríamos algo mais central.

Escolhemos ficar num bairro não exatamente no burburinho, mas ao mesmo tempo a curtas caminhadas de tudo que Amsterdam tem a oferecer. Ficamos hospedados no PH Hotel Oosteinde próximo a Praça Frederiksplein e ao lado do Banco Central Holandês, entre o Centro e o Distrito dos Museus.

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Quando estivemos em Amsterdam em 2006 visitamos o Museu do Van Gogh e a Casa de Anne Frank, duas das principais atrações turísticas da cidade e as que tínhamos mais interesse. Desta vez queríamos uma Amsterdam mais alternativa e mais na rua, portanto não entramos em museu nenhum. Se estiver indo a Amsterdam pela primeira vez, apesar das enormes filas, não deixe de visitar a Casa de Anne Frank, é história in loco!

Pelas ruas de Amsterdam

Mercado Albert Cuypmarkt

Este mercado de rua até que já está bastante famoso e eu tinha grandes expectativas quanto a ele, uma vez que este é um dos maiores da Europa e existe há mais de 100 anos. Confesso que me decepcionei. Eu esperava uma coisa mais atrativa, com mais barracas de comidas e bebidas. O que encontrei parecia mais com barracas de roupa de feiras brasileiras, muito cacareco e coisa feia, a parte de comida era mais para levar para casa e não para comer por lá.

Para ser justa é importante dizer que estive por lá em um dia de semana, talvez a coisa mude de figura aos finais de semana. O mercado funciona de terça a sábado das 9 as 18hs, e fica no bairro de Pijp (cano), o mesmo bairro da Heineken Experience.

Amsterdam – Albert Cuypmarkt

O Bairro de Jordaan

Este é o bairro do momento. A história deste bairro está associada à construção dos canais no século XVII, pois ele foi concebido para abrigar seus construtores. Aqui também foi onde se instalaram cervejarias e fábricas de tingimento e o bairro acabou ficando muito populoso e em pouco tempo seus habitantes ficaram conhecidos por seu senso de comunidade e rebeldia. Nos anos 50 (1950), essas características foram cantadas nas músicas de Johny Jordaan e seu grupo. O grupo está imortalizado na Praça Johnny Jordaanplein próximo ao canal Elandsgracht.

Amsterdam – Joordanplein

O bairro hoje é cheio de lojas descoladas, bares e restaurantes moderninhos e a melhor torta de maça de Amsterdam você pode comer aqui. Bom, não sei se é a melhor, mas deve ser a mais famosa. Estou falando do Winkel que normalmente tem fila na porta. Demos sorte e, quando fomos, estava tranquilo e até conseguimos um lugar no balcão. A torta é realmente espetacular, dá vontade de voltar a Amsterdam só por causa dela, e olha que eu não sou muito de doces. O Winkel fica na Noordermarkt 43.

Amsterdam – a famosa torta de maça do Winkel

Amsterdam e seus canais

Os pátios escondidos – Hidden Hofjes

Em Amsterdam, escondido atrás de algumas portas há simpáticos pátios ou Hofjes. Normalmente esses jardins não são abertos ao público e você tem que ter a cara de pau de abrir portas e contar com a sorte para que elas não estejam trancadas. Parece estranho né, e é mesmo. Eu e o Rafa tínhamos uma lista de onde encontrar tais jardins, mas não nos sentimos a vontade de tentar abrir tais portas, parecia invasão de privacidade.  E de certa forma é.

Entretanto há um ou outro desses Hofjes que são abertos ao público. O mais famoso deles é o Begijhof. Este é um dos maiores, senão o maior, hofje da cidade. As residências ao seu redor, desde 1150, eram destinadas apenas às mulheres, e o pátio conta também com uma igreja. A casa de número 34 é uma casa de madeira sobrevivente ao incêndio do século XV que consumiu a cidade.

Amsterdam – a entrada do Begijhofje e a casa de madeira número 34

O outro Hofje possível de visitar é o Sint Andrieshofje. Localizado no bairro de Jordaan na Egelantiersgracht 105-141. Fique atento à porta preta com o nome escrito em branco. Atrás desta porta está o pátio mais antigo de Amsterdam.

Amsterdam – Sint Andreishofje

Free Tour

Resolvemos fazer um free tour em Amsterdam para ouvir um pouco mais sobre as histórias da cidade. Apesar de termos aprendido várias coisas que não sabíamos achei que o tour foi longo demais e com muitos atalhos buscando a venda de outros tours (pagos) oferecidos pela empresa. Se você nunca fez um desses free tours saiba que ao final é esperado que você dê uma gorjeta ao guia, o valor vai depender da sua satisfação.

Amsterdam

Fizemos com a empresa Sandemans New Amstedam Tours. É preciso reservar online e para tanto pagamos uma taxa de 6 euros para duas pessoas.  Assim como a maioria das empresas, nosso ponto de encontro era na Praça Dam. Esses free tours normalmente dão uma visão geral da cidade. Achei interessante que ele falou um pouco da origem de Amsterdam como um entreposto, uma cidade amplamente visitada por homens, daí o surgimento das casas de prostituição no Red Light District. A influência da igreja nesse contexto que absolvia os homens do pecado da carne antes mesmo deles o cometerem. Ele falou um pouco também sobre as famosas coffee shops e o consumo de maconha.

Clique aqui para visitar o site do Sandemas New Amsterdam Tours.

Encontrando amigos e o Parque Vondelpark

O Rafael e a família, amigos que conhecemos quando moramos em Champaign (estado de Illinois nos Estados Unidos) moram em Amsterdam. Uma tarde encontramos com o Rafael para um happy hour. O papo estava tão bom que o happy hour virou noite à dentro, entramos no bar com luz do sol e saímos quando o bar fechou. Nosso feito foi tão grande que recebemos os cumprimentos do garçom: “I gotta pay my respects to you guys!”. Na manhã seguinte, embarcamos para Breukelen e, apesar da viagem levar aproximadamente 1 hora, essa foi uma das viagens de trem mais longas da minha vida. Pena que eu não lembro o nome do bar…

Amsterdam

No nosso último dia na Holanda, voltamos a Amsterdam e encontramos com o Rafael e a família no Parque Vondelpark. O Vondelpark começa no Distrito dos Museus e se estende por mais de 2km em direção oeste, uma área de 120 acres. Combinamos com nossos amigos num parquinho/ bar na extremidade oeste do parque e só quando começamos nossa caminhada (na entrada leste) nos demos conta do tamanho do parque, levamos mais de 20 minutos até lá e isso porque estávamos quase correndo. O encontro foi delicioso e terminamos a noite num restaurante próximo a casa deles. Ali estávamos longe do centro e o Rafael nos colocou num ônibus para voltarmos para o hotel.

Amsterdam – Vondelpark

Ao escrever esse post me dei conta que há muitas atrações em Amsterdam que eu nunca visitei como o Rijksmuseum e até mesmo a Heineken. Sempre desculpas para voltar.

Essa nossa segunda visita a Amsterdam foi super descompromissada, e por isso foi tão legal!

Amsterdam